04.
No anúncio, o segmento “won’t bestow mega-buck prices” indica
(A) a tentativa de angariar fundos para patrocinar artistas iniciantes.
(B) a falta de incentivo dos museus a pintores vanguardistas.
(C) a possibilidade de redução dos valores financeiros de obras de arte consagradas.
(D) a ausência de qualidade artística de quadros tradicionais.
(E) a crise financeira vivida por galerias de arte famosas.
Resposta: C
05.
A charge de Angelo Agostini foi publicada em 1880, em meio aos debates sobre a Lei dos Sexagenários no parlamento brasileiro. Considerado o contexto, a expressão “be worth” tem sentido de
(A) prontidão.
(B) esperteza.
(C) valorização.
(D) apelo.
(E) experimento.
Resposta: C
TEXTO PARA AS QUESTÕES 11 E 12
Vincent van Gogh. Salvador Dalí. Frida Kahlo. Casual perusers of ads everywhere would be forgiven for thinking that art galleries are enjoying some sort of golden age. The truth is less exciting, more expensive and certainly more depressing. For this is no ordinary art on offer; this art is “immersive”, the latest lovechild of TikTok and enterprising warehouse landlords.
The first problem with immersive art? It’s not actually very immersive. A common trope of “immersive” retrospectives is to recreate original pieces using gimmicky tech. But merely aiming a projector at a blank canvas doesn’t do much in the way of sensory stimulation. My favourite element of an “immersive” show I have been to was their faithful recreation of Van Gogh’s bedroom. An ambitious feat, executed with some furniture and, of course, mutilated pastiches of his paintings.
While projectors, surround sound and uncomfortably wacky seating are mainstays of immersive art, there are also the VR headsets. But many exhibitions don’t even include these with the standard ticket, so my return to reality has twice been accompanied by an usher brandishing a credit card machine. Sometimes these installations are so banal and depthless, visitors have often walked through installations entirely oblivious to whatever is happening around them. Despite the fixation “immersive experiences” have with novelty, the products of their labours are remarkably similar: disappointing light shows punctuated by a few gamified set pieces.
Vincent van Gogh. Salvador Dalí. Frida Kahlo. Quem vê anúncios por aí pode ser perdoado por pensar que as galerias de arte estão vivendo uma espécie de idade de ouro. A verdade, no entanto, é menos empolgante, mais cara e certamente mais deprimente. Pois essa não é arte comum em exibição; essa é a chamada arte “imersiva”, o mais novo fruto do amor entre o TikTok e donos de galpões empreendedores.
O primeiro problema da arte imersiva? Ela não é realmente muito imersiva. Um clichê comum das retrospectivas “imersivas” é recriar obras originais usando tecnologia chamativa. Mas simplesmente apontar um projetor para uma tela em branco não faz muita diferença em termos de estímulo sensorial. Meu elemento favorito de uma exposição “imersiva” que visitei foi a recriação fiel do quarto de Van Gogh. Uma façanha ambiciosa, executada com alguns móveis e, é claro, pastiches mutilados de suas pinturas.
Embora projetores, som surround e assentos desconfortavelmente excêntricos sejam características recorrentes da arte imersiva, também há os headsets de realidade virtual. Mas muitas exposições nem incluem esses dispositivos no ingresso padrão, então meu retorno à realidade já foi acompanhado mais de uma vez por um funcionário segurando uma máquina de cartão de crédito.
Às vezes, essas instalações são tão banais e superficiais que os visitantes atravessam os espaços completamente alheios ao que está acontecendo ao redor. Apesar da obsessão das “experiências imersivas” com a novidade, os produtos resultantes de seus esforços são notavelmente semelhantes: espetáculos de luz decepcionantes, pontuados por algumas atrações gamificadas.
Disponível em https://www.vice.com/en/article/. Adaptado.
11.
De acordo com o texto, muitos visitantes das exposições de arte imersivas demonstram
(A) fascínio pelas novidades tecnológicas utilizadas pelos curadores.
(B) desconforto causado pelo excesso de estímulos sensoriais.
(C) curiosidade sobre a biografia dos pintores e os movimentos artísticos.
(D) apreciação pelas informações oferecidas por guias e educadores.
(E) indiferença diante das simulações das obras de arte.
12.
O texto apresenta uma crítica às exposições de arte imersivas que está relacionada com
(A) a manipulação digital das imagens exibidas pelos usuários do TikTok.
(B) o emprego das obras de arte para fins publicitários ilícitos.
(C) a cobrança pelo uso de equipamentos para simular a experiência de imersão nas obras.
(D) a falta de informação para o público leigo nos catálogos das exibições.
(E) o investimento necessário para a criação da tecnologia usada nas instalações.
Resposta: C

TEXTO PARA AS QUESTÕES 53 E 54
Over the last two decades, technology companies and policymakers warned of a “digital divide” in which poor children could fall behind their more affluent peers without equal access to technology. Today, with widespread internet access and smartphone ownership, the gap has narrowed sharply.
But with less fanfare a different division has appeared: Across the country, poor children and adolescents are participating far less in sports and fitness activities than more affluent youngsters are. Call it the physical divide. Data from multiple sources reveal a significant gap in sports participation by income level.
A combination of factors is responsible. Spending cuts and changing priorities at some public schools have curtailed physical education classes and organized sports. At the same time, privatized youth sports have become a multibilliondollar enterprise offering new opportunities — at least for families that can afford hundreds to thousands of dollars each season for club-team fees, uniforms, equipment, travel to tournaments and private coaching.
“What’s happened as sports has become privatized is that it has become the haves and have-nots,” said Jon Solomon, editorial director for the Aspen Institute Sports and Society Program. “Particularly for low-income kids, if they don’t have access to sports within the school setting, where are they going to get their physical activity?” Mr. Solomon said. “The answer is nowhere.”
Nas últimas duas décadas, empresas de tecnologia e formuladores de políticas alertaram sobre uma “divisão digital”, na qual crianças pobres poderiam ficar para trás em relação aos colegas mais abastados devido ao acesso desigual à tecnologia. Hoje, com a ampla disponibilidade da internet e a popularização dos smartphones, essa diferença diminuiu consideravelmente.
Mas, sem tanta atenção, surgiu uma divisão diferente: em todo o país, crianças e adolescentes de baixa renda estão participando muito menos de esportes e atividades físicas do que os jovens mais ricos. Podemos chamar isso de “divisão física”. Dados de várias fontes revelam uma diferença significativa na participação esportiva conforme o nível de renda.
Uma combinação de fatores é responsável por isso. Cortes de orçamento e mudanças de prioridade em algumas escolas públicas reduziram as aulas de educação física e os esportes organizados. Ao mesmo tempo, os esportes juvenis privatizados se tornaram um setor bilionário, oferecendo novas oportunidades — pelo menos para as famílias que podem pagar centenas ou até milhares de dólares por temporada em taxas de clubes, uniformes, equipamentos, viagens para torneios e treinadores particulares.
“O que aconteceu com a privatização dos esportes é que eles se tornaram um privilégio para quem pode pagar”, disse Jon Solomon, diretor editorial do Programa de Esportes e Sociedade do Aspen Institute. “Especialmente para crianças de baixa renda, se elas não têm acesso ao esporte no ambiente escolar, onde vão conseguir praticar atividades físicas?” perguntou Solomon. “A resposta é: em lugar nenhum.”
The New York Times. 24 March 2023. Adaptado.
53.
Conforme o texto, um dos motivos para a disparidade relativa à prática de atividades físicas por alunos, segundo o nível de renda, reside
(A) no abismo persistente entre as notas de estudantes ricos e pobres.
(B) no corte de gastos e mudanças de prioridades em algumas escolas públicas.
(C) na preferência por jogadores com potencial superior para competição.
(D) na redução de bolsas de estudos para adolescentes de famílias abaixo da linha de pobreza.
(E) na realização de campeonatos contemplados com doações de ONGs.
Resposta: B
54.
Considerado o contexto, o termo “far”, na expressão “far less” (2º parágrafo), expressa
(A) temporalidade.
(B) distância.
(C) antecipação.
(D) intensidade.
(E) progresso.
Resposta: D
88.
The main players in the Spanish–Aztec War (1519–21) are well known: Hernán Cortés and Montezuma. Lesser-known, though no less important, is a multilingual exiled Aztec woman
who was enslaved, then served as a guide and interpreter, then became Cortés’s mistress. She was known as Doña Marina, and as La Malinche.
Scholar and researcher Cordelia Candelaria writes: her paramount value to the Spaniards was not merely linguistic. She was an interpreter/liaison who served as a guide to the region, as an advisor on native customs and beliefs, and as a strategist.
La Malinche was the daughter of an Aztec cacique (chief). This gave her an unusual level of education, which she would later leverage as a guide and interpreter for the Spanish. Throughout Cortés’s travels, she became indispensable as a translator, not only capable of functionally translating from one language to the other, but of speaking compellingly, strategizing, and forging political connections.
Integral as she was to Spain’s success, La Malinche is a controversial figure. Candelaria quotes T. R. Fehrenbach as saying, “If there is one villainess in Mexican history, she is La Malinche. She was to become the ethnic traitress supreme.”
But Candelaria argues that La Malinche’s act of turning her back on her own people makes more psychological sense when we consider that, at a young age, she had been sold by her own mother into slavery. Candelaria asks, “What else could this outcast from the Aztecs, ‘her own people,’ have done?”
Os principais personagens da Guerra Espanhol-Asteca (1519–1521) são bem conhecidos: Hernán Cortés e Montezuma. Menos conhecida, porém não menos importante, é uma mulher asteca multilíngue que foi exilada, escravizada, depois tornou-se guia e intérprete, e por fim, amante de Cortés. Ela era conhecida como Doña Marina e como La Malinche.
A pesquisadora Cordelia Candelaria escreve que o valor fundamental de La Malinche para os espanhóis não era apenas linguístico. Ela foi uma intérprete e mediadora que atuou como guia da região, conselheira sobre os costumes e crenças nativas e estrategista.
La Malinche era filha de um cacique asteca, o que lhe proporcionou um nível incomum de educação, algo que mais tarde usaria a seu favor ao atuar como guia e intérprete para os espanhóis. Durante as expedições de Cortés, tornou-se indispensável, não apenas traduzindo funcionalmente entre línguas, mas também falando de maneira persuasiva, criando estratégias e estabelecendo conexões políticas.
Apesar de ter sido fundamental para o sucesso da Espanha, La Malinche é uma figura controversa. Candelaria cita T. R. Fehrenbach, que afirma: “Se há uma vilã na história do México, essa vilã é La Malinche. Ela se tornou a maior das traidoras étnicas.”
No entanto, Candelaria argumenta que o ato de La Malinche de virar as costas para seu próprio povo faz mais sentido do ponto de vista psicológico quando consideramos que, ainda jovem, ela foi vendida como escrava pela própria mãe. Candelaria questiona: “O que mais essa exilada dos astecas, ‘seu próprio povo’, poderia ter feito?”
Disponível em https://daily.jstor.org/. Adaptado.
Segundo o texto, em relação à imagem de La Malinche como traidora do povo Asteca, a pesquisadora Cordelia Candelaria argumenta que a intérprete
(A) havia sido preterida no seio da própria família.
(B) fez uso de idiomas em proveito próprio.
(C) era invejada pelos privilégios alcançados.
(D) ignorou as vulnerabilidades do povo mexicano.
(E) tentou se sobrepor aos líderes da época.
Resposta: A
Veja também:
⇒ ENEM 2024 – Prova de Inglês Corrigida
⇒ ENEM 2023 | Prova de Inglês Corrigida e Comentada