O GRANDE GATSBY (THE GREAT GATSBY) | Resumo e Crítica (F. Scott Fitzgerald)

Venha conhecer a história e ler uma análise dos nove capítulos do livro O"O Grande Gatsby", o clássico de F. Scott Fitzgerald. Bons Estudos!

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Sumário

Salve, tudo certinho por aí? Aqui você lê um resumo e crítica dos nove capítulos do livro O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald.

INTRODUÇÃO

O Grande Gatsby foi escrito por F. Scott Fitzgerald e publicado em 1925. O romance se passa no verão de 1922, durante os anos 20, um período de mudanças sociais e culturais bem significativas nos Estados Unidos. Fitzgerald inspirou-se em suas próprias experiências de vida, nas observações da sociedade e no ambiente cultural da época.

O autor fazia parte da Geração Perdida (Lost Generation), um termo usado para descrever os indivíduos desiludidos que atingiram a maioridade durante a Primeira Guerra Mundial. Como seu protagonista Nick Carraway, Fitzgerald era um estranho para a elite rica da Costa Leste, mas foi atraído para esse mundo. Seu relacionamento com sua esposa, Zelda, também influenciou o retrato dos relacionamentos complexos e às vezes tumultuados do romance.

Fitzgerald era conhecido por escrever meticulosamente. Revisava e reescrevia, buscando um estilo de prosa preciso. Enfrentou inúmeros desafios ao escrever o romance, incluindo dificuldades financeiras e problemas de saúde de Zelda. Essas lutas pessoais podem ter contribuído para os temas de desilusão do romance e para a natureza passageira do sucesso.

Acredita-se que os personagens de O Grande Gatsby foram inspirados em pessoas do entorno de Fitzgerald, como Jay Gatsby, que tem elementos das ambições e aspirações do próprio Fitzgerald, enquanto Tom Buchanan representa a classe rica e arrogante que Fitzgerald tanto invejou quanto criticou.

Apesar de ser considerada hoje uma das maiores obras da literatura americana, O Grande Gatsby não alcançou sucesso comercial imediato durante a vida de Fitzgerald. O romance ganhou mais reconhecimento nas décadas seguintes à morte de Fitzgerald em 1940, à medida que seus temas se tornaram cada vez mais relevantes.

O trabalho de Fitzgerald ressurgiu em popularidade em meados do século XX. Estudiosos e críticos literários começaram a apreciar o romance por sua exploração do sonho americano e também pelos comentários sociais e o simbolismo. Hoje, é amplamente apresentado em escolas e universidades e é considerado um clássico da literatura americana.

O Grande Gatsby reflete não apenas as lutas pessoais de F. Scott Fitzgerald, mas também as mudanças sociais e culturais mais amplas da década de 1920. Seu legado duradouro está na exploração do sonho americano, na busca pela riqueza e nas complexidades das relações humanas.

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CAPÍTULO 01

No primeiro capítulo, os leitores são apresentados ao narrador, Nick Carraway. A história se passa no verão de 1922, e Nick se muda para West Egg, um subúrbio da cidade de Nova York, para trabalhar no ramo de títulos. O capítulo começa com Nick recordando conselhos dados por seu pai sobre não julgar rapidamente os outros, um princípio que molda sua narrativa ao longo do romance.

Nick aluga uma casa modesta ao lado da opulenta mansão de Jay Gatsby, um homem misterioso e rico conhecido por realizar festas extravagantes. A configuração estabelece um contraste marcante entre o dinheiro antigo de East Egg e a nova riqueza de West Egg, refletindo as dinâmicas sociais e econômicas da época.

Nick descreve a mansão de Gatsby como uma “imitação factual de algum Hotel de Ville na Normandia”, destacando sua grandiosidade e a natureza ostensiva da riqueza de Gatsby. A mansão torna-se um símbolo do Sonho Americano e da busca pelo sucesso e felicidade.

Também é apresentada a prima de Nick, Daisy Buchanan, e seu marido, Tom Buchanan. Tom tem uma figura dominadora e agressiva, e a tensão entre ele e Daisy é palpável. Nick junta-se a eles para o jantar, onde observa a relação tensa entre o casal. A cena do jantar fornece insights sobre o caráter de Tom, incluindo suas visões racistas e sexistas, prenunciando conflitos que se desdobrarão mais tarde no romance.

Nick também conhece Jordan Baker, uma golfista profissional e amiga de Daisy. A personagem de Jordan adiciona uma camada de sofisticação e mistério à narrativa. Conforme a noite avança, Tom recebe uma ligação, e fica evidente que ele está tendo um caso extraconjugal.

O primeiro capítulo prepara o terreno para a exploração de temas como o Sonho Americano, a riqueza e a decadência moral da sociedade. O papel de Nick como observador e participante na vida de seus vizinhos o coloca como uma figura-chave para desvendar as complexidades dos personagens e de suas relações interligadas. 

CAPÍTULO 02

No segundo capítulo, a narrativa aprofunda ainda mais sua exploração dos contrastes marcantes em riqueza e moralidade que caracterizam o mundo do romance. Nick Carraway, o narrador da história, leva o leitor para a paisagem desolada conhecida como Vale das Cinzas, um deserto simbólico entre a opulência de East Egg e West Egg e o glamour da cidade de Nova York.

O capítulo introduz o caso extraconjugal de Tom Buchanan com Myrtle Wilson, uma mulher da classe trabalhadora. A natureza brutamontes e dominadora de Tom é totalmente evidenciada quando ele leva Nick e uma Myrtle relutante para um passeio pela cidade. O episódio é marcado pela ostentação sem remorsos da riqueza e poder de Tom, bem como seu desrespeito escancarado por sua esposa, Daisy, de volta em East Egg. Myrtle, ansiando por um gostinho do estilo de vida luxuoso que Tom representa, torna-se um símbolo comovente da influência corruptora da riqueza e da decadência moral que permeia as camadas sociais retratadas no romance.

O Vale das Cinzas em si serve como uma metáfora para as consequências industriais e sociais da busca pelo Sonho Americano. É um lugar de pobreza e desespero, onde as cinzas das indústrias da cidade se acumulam, tornando tudo sem vida. O vale destaca a disparidade gritante entre as vidas glamorosas daqueles em West e East Egg e a dura realidade enfrentada por aqueles nas camadas mais baixas da sociedade.

O capítulo atinge um clímax angustiante quando Tom, impulsionado por uma mistura de arrogância e frustração, agride Myrtle em um acesso de raiva durante uma discussão. A violência é um lembrete vívido da brutalidade subjacente às fachadas de sofisticação e riqueza. O incidente prenuncia os eventos trágicos que se desdobrarão mais tarde na narrativa, à medida que a colisão desses mundos díspares se torna inevitável.

Fitzgerald usa habilmente o segundo capítulo para aprofundar o comentário social do romance. As ações dos personagens e o próprio cenário tornam-se veículos pelos quais o autor explora temas como a divisão de classes, a decadência moral e a natureza ilusória do Sonho Americano. À medida que a tensão aumenta, o leitor é atraído ainda mais para as complexidades das vidas dos personagens, preparando o terreno para o desenrolar dos relacionamentos e as consequências trágicas que se desdobrarão nos capítulos subsequentes de “O Grande Gatsby”.

CAPÍTULO 03

No Capítulo 3 a narrativa se volta para as festas opulentas e extravagantes organizadas pelo enigmático Jay Gatsby em sua suntuosa mansão em West Egg. As reuniões são caracterizadas pelo excesso, grandiosidade e uma atmosfera carnavalesca, preparando o terreno para a decadência social dos anos XX.

Nick Carraway recebe um convite formal para uma das soirées de Gatsby e, com uma mistura de curiosidade e fascínio, comparece. O capítulo se inicia com a vívida descrição de Nick das festividades extravagantes, destacando os excessos da Era do Jazz. A música é animada, a atmosfera é efervescente e a folia parece interminável. A mansão de Gatsby, com sua arquitetura intrincada e terrenos vastos, torna-se um símbolo do excesso e do hedonismo.

Com o desenrolar da festa, Nick se maravilha com a mistura eclética de convidados de diferentes camadas sociais que se reuniram na residência de Gatsby. O próprio anfitrião extravagante e misterioso permanece elusivo, muitas vezes mencionado em sussurros discretos. Rumores circulam sobre o passado de Gatsby, adicionando um ar de mistério ao espetáculo já fascinante.

Em meio às festividades, Nick encontra Jordan Baker, uma golfista profissional e amiga de Daisy Buchanan. Os dois travam uma animada conversa, e Jordan fornece uma visão adicional sobre o caráter de Gatsby. Nick descobre que Gatsby organiza esses encontros extravagantes na esperança de que Daisy, prima de Nick, compareça casualmente um dia. O amor não correspondido de Gatsby por Daisy é exposto, e as festas extravagantes servem como uma fachada para disfarçar seu profundo anseio por um passado que está se esvaindo.

O capítulo destaca o tema da ilusão e realidade, à medida que as festas de Gatsby se tornam um espetáculo deslumbrante que esconde a pungente realidade de sua vida pessoal. O contraste entre o exterior deslumbrante e a ânsia interna por um amor perdido torna-se cada vez mais pronunciado.

Esse capítulo um momento crucial no romance, pois estabelece o conflito central e o motivo por trás do estilo de vida extravagante de Gatsby. A justaposição das festas e a angústia interior de Gatsby servem como um microcosmo dos excessos sociais e ambiguidades morais da Era do Jazz. O autor habilmente entrelaça o glamour superficial da época com as emoções mais profundas e complexas dos personagens, preparando o terreno para o desenrolar do drama que moldará o restante da narrativa.

CAPÍTULO 04

No quarto capítulo, as intrincadas camadas da misteriosa persona de Jay Gatsby começam a se desvendar à medida que Nick Carraway aprofunda sua investigação no enigma que é seu vizinho. Este capítulo serve como uma virada crucial, deslocando o foco narrativo das festas ostentosas na mansão de Gatsby para o próprio homem e seu passado sombrio.

Nick recebe um convite de Gatsby para se juntar a ele em Nova York para o almoço. Enquanto percorrem as movimentadas ruas, Gatsby começa a se abrir sobre sua vida, embora com um certo nível de ambiguidade. Ele conta histórias sobre sua criação, afirmando ser herdeiro de uma família rica, com ancestrais vindos do Meio-Oeste. No entanto, Nick, nosso astuto narrador, começa a perceber inconsistências na narrativa de Gatsby, levantando questões sobre a autenticidade de sua história.

O encontro para o almoço toma um rumo inesperado quando Gatsby apresenta Nick ao seu sócio, Meyer Wolfsheim, um personagem sobre o qual há rumores de manipulação de resultados da World Series, de baseball, em 1919. Essa revelação suscita uma intriga ao mundo de Gatsby, conectando-o não apenas à opulência, mas também ao lado sombrio do crime organizado. A junção entre a aparência refinada de Gatsby e sua associação com elementos criminosos intensifica o mistério que envolve seu personagem.

A propensão de Gatsby para a extravagância se torna evidente ao retornarem para West Egg. Ele exibe com orgulho sua coleção de camisas cuidadosamente feitas, simbolizando tanto sua riqueza quanto seu desejo de impressionar. O capítulo destaca a busca implacável de Gatsby por uma versão idealizada do passado, representada por seu amor não correspondido por Daisy Buchanan.

Conforme a narrativa se desenrola, a busca incansável de Gatsby pelo Sonho Americano ganha mais destaque. Sua riqueza, inicialmente apresentada como um símbolo de sucesso, revela-se um meio para um fim – a busca por um amor que resistiu ao teste do tempo. A habilidade de Gatsby de se transformar de James Gatz, um jovem pobre, em Jay Gatsby, um símbolo de opulência e sofisticação, epitomiza a promessa do Sonho Americano de auto-reinvenção e sucesso.

CAPÍTULO 05

No quinto capítulo de “O Grande Gatsby”, F. Scott Fitzgerald entrelaça de maneira intrincada uma narrativa tocante que adentra o reencontro de Jay Gatsby e Daisy Buchanan após cinco anos de separação. O capítulo exibe a culminação do sonho acalentado por Gatsby de se reunir com a mulher que ama.

Conforme o capítulo se desenrola, Nick Carraway, o narrador, organiza um encontro entre Gatsby e Daisy em sua modesta casa. A ansiedade de Gatsby é palpável, refletindo o peso de suas aspirações e o investimento emocional que ele colocou nesse reencontro. A atmosfera está carregada com uma mistura de excitação e apreensão enquanto Gatsby aguarda a chegada de Daisy.

Quando Daisy finalmente chega à casa de Nick, o encontro é permeado por uma mistura de desconforto e emoções recalcadas. Gatsby, adornado com riqueza e opulência, parece quase desesperado para impressionar Daisy e recriar o passado. Fitzgerald retrata magistralmente os silêncios constrangedores e os gestos hesitantes que acompanham o encontro, destacando a complexidade das relações e a passagem do tempo.

O capítulo atinge seu ápice emocional quando Gatsby, em um momento de entusiasmo espontâneo, mostra a Daisy sua extensa coleção de camisas. Esse ato aparentemente trivial carrega um significado profundo ao simbolizar o anseio de Gatsby de exibir sua recém-descoberta riqueza e sucesso para a mulher que ama. As camisas tornam-se emblemáticas da jornada de Gatsby de trapos à riqueza e sua busca incansável pelo Sonho Americano.

Conforme o reencontro se desenrola, Fitzgerald navega habilmente por uma gama de emoções, desde a tensão inicial até momentos de afeição reacendida. O autor enfatiza o tema da ilusão do passado, já que Gatsby se esforça para recriar uma era passada que existe apenas em suas memórias e desejos. Apesar da alegria aparente, há uma melancolia subjacente à medida que os personagens lidam com a irreversibilidade do tempo e as mudanças que ele trouxe para eles.

CAPÍTULO 06

No Capítulo 6 a narrativa se aprofunda no passado elusivo de Jay Gatsby, lançando luz sobre as origens e ascensão à riqueza do enigmático personagem. A narrativa oferece ao leitor um vislumbre do mundo de onde Gatsby emergiu, contrastado com a opulência de sua existência atual.

O capítulo se inicia com Nick Carraway detalhando a vida precoce de Gatsby. Nascido na pobreza em Dakota do Norte, o verdadeiro nome de Gatsby era James Gatz. Desde jovem, ele demonstrou uma determinação em escapar de suas origens humildes e fazer algo de si mesmo. Sua jornada transformadora começou quando ele trabalhou para Dan Cody, um magnata do cobre. A associação de Gatsby com Cody o expôs a uma vida de opulência e excessos, preparando o terreno para suas próprias aspirações.

Através dessa exploração do passado de Gatsby, o leitor ganha insights sobre as forças que moldaram sua busca implacável por riqueza e sucesso. A transformação de James Gatz para Jay Gatsby torna-se um símbolo do Sonho Americano, impulsionado pela ambição e pelo desejo de transcender sua classe social.

Voltando ao presente, as suntuosas festas de Gatsby em sua mansão em West Egg continuam sendo um ponto focal. Essas festas, embora caracterizadas por opulência e alegria, são alimentadas pelo anseio de Gatsby por um romance passado com Daisy Buchanan. As reuniões são, essencialmente, uma fachada que esconde os desejos emocionais mais profundos de Gatsby.

O capítulo avança com a tentativa de Gatsby de recriar o passado, convidando Daisy para uma de suas lendárias soirées. Suas expectativas são altas, e ele espera que o espetáculo reacenda a centelha de sua conexão anterior. No entanto, apesar da grandiosidade da ocasião, as aspirações de Gatsby não são totalmente realizadas. O contraste evidente entre suas origens humildes e sua riqueza atual se manifesta na desconfortável situação que se desenrola durante o encontro com Daisy.

CAPÍTULO 07

O Capítulo 7 é uma seção crucial e intensa do romance, marcada por tensões crescentes e uma reviravolta trágica nos acontecimentos. Conforme a narrativa se desenrola, a complexa teia de relacionamentos entre Gatsby, Daisy e Tom atinge um ponto de ruptura.

O capítulo começa com a extravagante e opulenta festa de Gatsby em sua mansão. Apesar da fachada reluzente de riqueza e alegria, uma subcorrente de desconforto permeia a atmosfera. Gatsby, obcecado com a ideia de recriar o passado e reconquistar Daisy, está ansioso e agitado. A festa serve como pano de fundo para o iminente confronto entre os dois homens disputando a afeição de Daisy.

À medida que as tensões aumentam, Tom torna-se cada vez mais desconfiado das intenções de Gatsby. Uma tensa confrontação ocorre no Plaza Hotel, na cidade de Nova York, onde Gatsby, Tom, Daisy e Nick se veem envolvidos em uma acalorada discussão. A intensidade emocional atinge seu ápice quando Gatsby implora a Daisy para admitir que nunca amou Tom. Daisy, dividida entre os dois homens, é incapaz de fornecer a afirmação que Gatsby busca.

O confronto se desenrola pelas ruas enquanto os personagens embarcam em uma tumultuada jornada de volta para Long Island. O calor sufocante do verão espelha a crescente temperatura emocional, e a atmosfera se torna cada vez mais carregada com a tragédia iminente. Em uma reviravolta chocante, Daisy, ao volante do luxuoso carro de Gatsby, atropela Myrtle Wilson, amante de Tom, quando ela corre para a estrada.

O incidente de atropelamento e fuga marca um trágico ponto de virada na narrativa. A morte de Myrtle torna-se um símbolo da decadência moral e corrupção que subjaz à reluzente fachada de riqueza e excesso. Gatsby, profundamente apaixonado por Daisy, assume a culpa pelo acidente para protegê-la. Os relacionamentos complicados e as concessões morais dos personagens vêm à tona no rescaldo da tragédia.

CAPÍTULO 08

A narrativa, no capítulo 08, assume uma virada sombria à medida que as consequências dos tumultuados eventos nos capítulos anteriores se concretizam. O capítulo começa com a reflexão de Nick Carraway sobre a série trágica de eventos que se desdobrou na mansão de Gatsby. À medida que a manhã após a confrontação caótica entre Gatsby, Tom Buchanan e George Wilson desponta, Nick descreve as consequências e a atmosfera desolada que permeia a área.

Um dos elementos-chave deste capítulo é a revelação do passado de Gatsby. Conforme as tensões se intensificam, Nick mergulha na história de Gatsby, expondo a verdade sobre suas origens humildes e sua busca implacável por riqueza e sucesso. A ascensão de Gatsby à proeminência é retratada como um mito que ele construiu, alimentado por uma crença inabalável no Sonho Americano. No entanto, à medida que a fachada desmorona, torna-se evidente que o sucesso de Gatsby não é tão glamoroso ou legítimo como ele o apresentou.

O tema do Sonho Americano é mais explorado neste capítulo, destacando o contraste marcante entre a busca idealizada pela felicidade e as duras realidades de classe social e riqueza na América dos anos 1920. A história de Gatsby torna-se uma fábula moral, ilustrando as armadilhas de perseguir cegamente um sonho elusivo e muitas vezes ilusório.

O capítulo também se concentra na crescente desilusão de Nick com a sociedade em que habita. Ao testemunhar a trágica queda de Gatsby e a falência moral daqueles ao seu redor, Nick reflete sobre o vazio que se esconde sob o verniz de riqueza e excesso. Sua desilusão se estende ao Sonho Americano mais amplo, questionando sua viabilidade em um mundo marcado pela decadência e deterioração moral.

O funeral de Gatsby, um momento tocante no capítulo, serve como uma culminação simbólica dos temas do romance. A ausência de pranteadores genuínos destaca a superficialidade das conexões de Gatsby e a natureza efêmera de seu sucesso. Na morte, Gatsby torna-se uma figura trágica, vítima de suas próprias ilusões e dos valores sociais que o impulsionam em direção a um sonho inatingível.

CAPÍTULO 09

O Capítulo 9 serve como a conclusão comovente e reflexiva da obra-prima de F. Scott Fitzgerald. Narrado por Nick Carraway, o capítulo aprofunda-se nas consequências dos eventos trágicos que se desenrolaram nos capítulos anteriores e encapsula os temas gerais do romance.

O capítulo começa com o sentimento de distanciamento e desilusão de Nick, enquanto ele contempla as consequências das escolhas feitas pelos personagens. O funeral de Gatsby torna-se o ponto focal, frequentado por apenas algumas pessoas, destacando a solidão e isolamento que permeiam a vida extravagante de Gatsby. Apesar das festas luxuosas e da fachada de opulência, Gatsby morre praticamente sozinho, com seus sonhos despedaçados e não realizados.

Enquanto Nick reflete sobre a vida de Gatsby, ele contempla o Sonho Americano e sua natureza ilusória. Gatsby, a personificação do Sonho, buscou riqueza e sucesso na esperança de conquistar o amor de Daisy e alcançar a felicidade. No entanto, o Sonho se revela efêmero e inatingível, levando à trágica queda de Gatsby. A desilusão de Nick se estende além de Gatsby para abranger a sociedade que ele habita, onde a decadência moral e o materialismo prevalecem.

A narrativa então se volta para as interações de Nick com Tom Buchanan e Daisy. A insensibilidade e a falta de remorso de Tom ficam evidentes quando ele evita qualquer responsabilidade pela morte de Gatsby. Daisy, também, se retira para o abrigo de sua riqueza, indiferente às consequências de suas ações. Seus personagens simbolizam a degradação moral que Fitzgerald critica na sociedade dos Loucos Anos Vinte.

Nick decide romper laços com esse mundo corrupto, expressando seu nojo pelo Leste e retornando ao Meio-Oeste. Ao fazer isso, ele se distancia dos valores que levaram à tragédia de Gatsby. A partida de Nick simboliza uma rejeição à superficialidade e à decadência moral que caracterizavam a sociedade que ele encontrou em Nova York.

Os parágrafos finais do capítulo e do romance como um todo ressoam com as reflexões de Nick sobre o passado e a marcha inexorável do tempo. Ele contempla os sonhos que escaparam de Gatsby e a desilusão que se seguiu. A luz verde, que simbolizava as aspirações de Gatsby, agora se torna apenas um ponto distante, representando a natureza inatingível dos sonhos.

Veja também:

⇒ MACBETH (Shakespeare) – Resumo do Livro (Summary)

⇒ ISLANDS IN THE STREAM (Kenny Rogers & Dolly Parton) | Letra Traduzida

⇒ 30 ADJETIVOS FLUENTES em Inglês

⇒ WHEN PUSH COMES TO SHOVE | O que significa esta expressão idiomática

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Adir Ferreira

Professor poliglota, desde 2007 produz conteúdo online e é autor dos cursos Inglês Autêntico, Destrave seu Inglês, Curso de Listening Intermediário e também do Curso de Present Perfect.

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